Boletim Comércio Exterior n° 05 - março / 2016 - 1° Quinzena

 


Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.


COMÉRCIO EXTERIOR

 

 

PLANO NACIONAL DE EXPORTAÇÃO
Objetivos

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO

2. ECONOMIA BRASILEIRA

3. PRINCÍPIOS

4. OBJETIVOS

5. PILARES DE ATUAÇÃO - DIRETRIZES E METAS

6. MONITORAMENTO E GOVERNANÇA

1. INTRODUÇÃO

O Plano Nacional de Exportação (PNE) foi lançado em junho de 2015 pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e possui vigência até 2018.

Este plano surgiu com o intuito de incentivar as exportações e gerar receita para o país. O plano busca valorizar a operação de exportação e consequentemente exportadores brasileiros, unindo a política comercial e o crescimento da economia interna.

O objetivo é modificar o cenário do comércio exterior brasileiro, além de impulsionar a exportação e torná-la elemento estratégico e permanente para competitividade econômica e produtiva do País.

O presente boletim visa descrever sobre os objetivos principais do Plano Nacional de Exportação.

2. ECONOMIA BRASILEIRA

Em 2014, o Brasil contava com um PIB (Produto Interno Bruto) de USD 2,353 bilhões, sendo a sétima maior economia do mundo, ficando atrás somente da China, dos Estados Unidos, da Índia, da Indonésia, do Japão e da Alemanha.

Mesmo sendo um setor em expansão, o comércio exterior de bens e mercadorias representa apenas 9,56% do PIB brasileiro. O foco do governo atualmente é incentivar, estimular e investir para que os produtores brasileiros tenham melhores condições de inserir seu produto no mercado externo, ou seja, de exportar.

O superávit comercial cresce de acordo com a diferença entre as exportações e as importações. É esta diferença que movimenta a Balança Comercial, que em dezembro de 2015 registrou um superávit de US$ 6.240 bilhões, conforme consta no site do MDIC.

Com base nestas informações, foi criado o Plano Nacional de Exportação, promovedor de competitividade, gerador de rendas e atuante no crescimento econômico do país, no intuito de apresentar diretrizes e metas para o fortalecimento do comércio exterior brasileiro.

3. PRINCÍPIOS

Os princípios do PNE são:

a) Previsibilidade: o plano visa manter um ambiente mais vantajoso para a atuação do setor produtivo e busca atender às normas acordadas durante seu desenvolvimento;

b) Abordagem sistêmica do Comércio Exterior: prevê o alinhamento das áreas correlatas ao Comércio Exterior, ou seja, a interação entre o governo, empresários, prestadores de serviços, instituições bancárias, dentre outros agentes, todos em prol do crescimento econômico do país.

c) Desenvolvimento Regional: a valorização dos produtos básicos regionais é um dos propósitos do PNE. Com a criação deste projeto, o desenvolvimento produtivo do país estará em evidência, ocasionando forte acréscimo nas produções regionais brasileiras.

4. OBJETIVOS

Entende-se que, devido a seu potencial competitivo e frequente crescimento econômico, o Brasil merece estar em destaque na economia mundial, a fim de que as exportações nacionais tomem fôlego e cresçam cada vez mais.

O governo disponibiliza para os empresários o Plano Nacional de Exportação, no intuito de incentivar a competitividade e o crescimento, de facilitar o processo de exportação para as empresas brasileiras, de criar mais empregos e gerar mais renda para o país. Em outras palavras, deseja-se que o Brasil seja reconhecido mundialmente por meio das exportações.

O plano em questão permite identificar os principais mercados a serem explorados através das exportações de mercadorias e serviços, pois serve como orientação para a comercialização dos produtos e serviços brasileiros. Ademais, consolida as atividades do gênero apoiadas pelo governo, informando aos exportadores a forma correta de administrar e coordenar o engajamento e a participação do setor exportador do país.

5. PILARES DE ATUAÇÃO - DIRETRIZES E METAS

O Plano Nacional de Exportação estabelece 5 pilares estratégicos, os quais têm diretrizes e metas específicas para promover o bom desenvolvimento e andamento do projeto.

Ao trabalhar com esta estrutura, o governo pretendeu tornar o plano mais dinâmico e suscetível a mudanças, de acordo com a evolução do cenário internacional, focando na melhor desenvoltura das exportações brasileiras.

Os cinco pilares de atuação são:

a) Acesso a mercados;

O plano prevê a consolidação das negociações comerciais do Brasil com os seus possíveis parceiros, buscando ampliar o acesso aos mercados internacionais. Após a finalização dos projetos individuais de cada país, a expansão será feita mediante a criação de novos acordos comerciais e bilaterais, bem como da facilitação do comércio entre os países negociadores e da antecipação do calendário de reuniões e feiras já pré-estabelecidos, entre outros fatores.

O Brasil priorizará a internacionalização das empresas brasileiras, investindo na expansão de mercados, na consolidação de marcas brasileiras e, principalmente, focando no desenvolvimento tecnológico do país.

b) Promoção comercial;

Com vistas a abrir, consolidar, manter e recuperar mercados o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), o Ministério das Relações Exterior (MRE), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Associação Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) apoiarão as vendas de bens e serviços brasileiros ao exterior.

Para isso, o PNE divulgará, anualmente, o Mapa Estratégico de Mercados e Oportunidades Comerciais, identificando os principais países interessados nas exportações brasileiras. Neste primeiro momento foram identificados 32 mercados prioritários. São eles:

América do Norte
Estados Unidos
México
Canadá

 

América do Sul
Argentina Paraguai
Bolívia Peru
Chile Uruguai
Colômbia Venezuela

 

Oriente Médio
Arábia Saudita
Emirados Árabes Unidos
Irã
Turquia

 

Austrália e Pacífico
Austrália

 

América Central
Cuba

 

Europa
Alemanha
França
Polônia
Reino Unido
Rússia

 

Ásia
China
Índia
Japão
Coréia do Sul

 

África
África do Sul
Angola
Argélia
Egito
Nigéria
Moçambique

c) Facilitação de comércio;

Com o objetivo de facilitar os processos administrativos e aduaneiros, os sistemas serão simplificados, o que refletirá positivamente na atividade exportadora. Exemplo disso, é a criação do Portal Único de Comércio Exterior, o qual conta com a automação dos processos e integração dos sistemas. Este novo portal presume a redução dos custos, riscos e tempo.

O Portal Único de Comércio Exterior traz a eliminação dos papéis, ou seja, a desburocratização dos controles administrativos, o redesenho do processo de exportação e de importação e a redução dos prazos de exportação de 13 para 8 e dos de importação de 17 para 10 dias, diretrizes estas que serão implantadas no decorrer da implementação do PNE.

Um dos objetivos da facilitação do comércio será, também, o aperfeiçoamento da legislação aduaneira. O governo buscará a melhoria do acesso às normas que regulamentam o comércio exterior, bem como a maior transparência na aplicação dos preceitos.

d) Financiamento e garantia às exportações; e

Com foco nas exportações, o governo disponibilizará instrumentos de financiamento com custos competitivos em relação aos praticados no mercado internacional.

Os instrumentos atuais o PROEX, o BNDES-EXIM e o SCE/FGE são bons mecanismos de subsídio, os quais oferecem maior competitividade em relação aos financiamentos externos. O aceleramento quanto às concessões de crédito aos exportadores se torna um diferencial para o governo brasileiro.

e) Aperfeiçoamento de mecanismos e regimes tributários de apoio às exportações.

O governo buscará melhorar o ambiente tributário para as empresas exportadoras através do Plano Nacional de Exportação. A intenção é estimular a produção nacional e, consequentemente, as exportações brasileiras.

Ademais, o governo estimulará os regimes especiais para tornar o sistema mais favorável ao comércio exterior, além de atribuir benefícios em relação aos impostos federais. A desoneração de tributos estaduais e a redução do acúmulo de créditos tributários também serão diretrizes dos pilares do PNE.

6. MONITORAMENTO E GOVERNANÇA

O volume e o valor das exportações, a entrada de novas empresas no cenário exportador, o comportamento do câmbio e o controle dos níveis de demanda interna e externa são alguns dos indicadores do Comércio Exterior em que o governo se baseará para garantir que os objetivos do PNE sejam atingidos durante sua vigência.

Os indicadores relacionados ao Comércio Exterior serão de extrema importância para que o governo possa acompanhar as mudanças no cenário da atividade exportadora, o que acarretará, diretamente, a escolha das diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Exportação.

A monitoria e a governança do Plano Nacional de Exportação será, permanentemente, de responsabilidade do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que contará o com apoio do Conselho Nacional do Desenvolvimento Industrial (CNDI) e do Conselho Consultivo do Setor Privado (Conex).

Fontes de pesquisa: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Plano Nacional de Exportação 2015-2018.

ECONET EDITORA EMPRESARIAL LTDA.

Autora: Laura Rigonato Oratz

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