OPORTUNIDADE, CONTINUIDADE E
Em
certos casos chegam a ser vultosos os referidos investimentos, colocando,
inclusive em risco também proporcionalmente maior os que investidores.
Essa
tem sido uma das razões que leva a concentração de capitais e cuja
complexidade pode criar outros tantos problemas.
Ou
seja, a vocação dos grupos que assumem maiores riscos é sempre a de desejarem
maiores controles sobre o comando das empresas.
Um
dos grandes estudiosos do tema, professor da Universidade de Roma, o excelso
doutor Pietro Onida produziu obra magistral no que tange à matéria,
conseguindo que a mesma o fizesse um “clássico” no assunto.
O
mestre leciona ostensivamente que maiores imobilizações resultam em maiores
custos fixos e estes inevitavelmente absorvem os lucros, exigindo uma gestão
especial para poder extrair do mercado consumidor o suficiente para pelo menos
durante algum tempo garantir o equilíbrio.
Como
a conquista do utente e as condições em que trabalha nem sempre permite a este
que pague o preço imposto, mas, sim, o conveniente, ocorre um problema de
compatibilização.
Portanto,
ao realizar inversões maiores o produtor dos bens ou dos serviços pode não
conseguir imediatamente seus resultados lucrativos imediatos.
A
implantação de um negócio requer visão em longo prazo quando são vultosos
os investimentos.
Não
significa, pois, tecnicamente erro administrativo o fato de não se obter
imediatamente proveitos financeiros, pois, a continuidade tem prevalência sobre
a oportunidade quando se tem em mira a implantação de uma grande empresa.
A
própria prática de preços menores para a conquista de mercado e garantia de
sobrevivência pode justificar eficácia administrativa.
Onida
é taxativo, em sua obra mestra sobre a “dimensão do capital das empresas”
lecionou na primeira metade do século XX que a transformação de custos fixos
em custos variáveis só se consegue com alguns sacrifícios e que apenas o
aumento de produção pode reverter o peso das altas imobilizações.
A
constituição, a expansão das imobilizações técnicas, portanto, deve ser
compensada com o aumento da produção, mas, este só pode ser mantido se
conquistados mercados no quais grandes consumidores assegurem uma permanência
de operacionalidade.
Os
referidos fenômenos patrimoniais, portanto, são de incidência concomitante
sobre a operacionalidade empresarial e representam um desafio administrativo.
Nem
sempre, pois, menores preços, com ausência de lucros podem ser interpretados
como “ineficiência” de gestão ou “ineficácia patrimonial”.
Os
fatos devem, pois, ser observados com uma séria relatividade e cautela em relação
ao “tempo da lucratividade”, associado ao regime de “tempo da
continuidade” de um empreendimento.
Assim
leciona o grande mestre e assim a prática consagra.
A
união de grupos para exploração de grandes empreendimentos precisa levar em
conta os efeitos dos resultados intersocietários, também afirma o grande
mestre e assim entendo deva ser orientada a análise face ao conjunto que se
ligou para viabilizar um macro negócio.
Ademais
é preciso considerar que é natural que o interesse da empresa em um grupo não
seja apenas o dela e que se lhe permitido foi realizar algo ciclópico depende
da força de coalizão.
Poderosa
usina de energia, grande ferrovia, siderurgia de expressão, fábrica de veículos,
extração de metais raros, refino de petróleo, indústria de construção
naval, são alguns dentre muitos exemplos que exigem grandes esforços de
investimentos e requerem análises complexas, sob a metodologia da relatividade.
Pela
importância que representam na infra-estrutura das economias das nações tais
empreendimentos devem ser considerados de forma especial e a necessidade de
dissolver custos fixos muito responsabiliza o volume de produção e este o do
comportamento especial perante o mercado.
A
doutrina contábil do Neopatrimonialismo face a tal situação oferece
importante metodologia cientifica.
Fundamentando-se
em uma visão holística as doutrinas da referida abrangem não só as análises
dos grupos de investidores, os ambientes em que as empresas operam, o tempo e o
espaço das ocorrências, ou seja, as condições particulares atadas às
sociais e naturais que estão diretamente conectadas com os grandes
empreendimentos.
As
eficácias dos sistemas da “resultabilidade” e da “economicidade”
devem-se realizar com prevalência de interações, exigindo que a dissolução
dos custos fixos se efetive na razão direta dos investimentos.