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06/08/2010
Micro e pequenas empresas foram responsáveis por 11,4% das exportações em 2009
 
A Secretaria de Comércio e Serviços (SCS) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta quinta-feira (5/8) o “Panorama de Comércio Internacional de Serviços” de 2009. O estudo revelou que as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 11,4% das exportações no ano passado. As empresas médias contribuíram com 12,9% e as grandes com 75,8% do total de serviços exportados.
De acordo com o secretário da SCS, Edson Lupatini, as exportações de serviços das micro e pequenas empresas foram bem maiores que as de bens, que, no mesmo período, não chegara a 0,9%. “Foi uma surpresa esse desempenho das micro e pequenas empresas. Tínhamos uma idéia de que a participação dessas empresas era razoável, mas superou a expectativa. Isso revela que poderemos ter uma maior inserção internacional dos nossos serviços justamente por meio desse segmento. O investimento que elas fazem é intelectual e a remuneração é alta”, explicou Lupatini.
Os dados ainda revelam a importância do setor de serviços na economia brasileira que, no ano passado, respondeu por 68,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e por mais de 70% dos empregos formais. Este segmento também se destacou por ser o que mais recebeu investimentos estrangeiros diretos no país, aproximadamente 45%.
 
Mesmo com a crise econômica internacional, que reduziu os fluxos mundiais do comércio exterior em 2009, o desempenho das exportações de serviços do Brasil (-8,8% em comparação a 2008) foi menor que a queda das exportações mundiais (-12,9%). O declínio das exportações brasileiras de serviços também foi menor que o das exportações de bens (-22,7%), no mesmo período.
Nas importações, a queda foi de apenas 0,7% em comparação a 2008. Este percentual é inferior ao apresentado pelas importações mundiais (-11,9 %) e nacional de bens (-26,3%).
Todo ano, a SCS publica o panorama, com o apoio do Banco Central do Brasil, e o objetivo de fundamentar a tomada de decisões para o governo e para o setor privado. Além das informações habituais, esta edição ainda traz dados das exportações de serviços por porte de empresas.
O “Panorama de Comércio Internacional de Serviços” está disponível no site do MDIC. Clique aqui para ter acesso a ele.
Exportações de serviços
Durante 2009, o Brasil exportou US$ 26,3 bilhões e se posicionou no 31° lugar no ranking dos principais países exportadores de serviços com 0,8%. Em quantidade, 54,4% das empresas que exportaram serviços foram micro; 23,3%, pequena; 9,7%, média; e 12,6%, grande.
O mercado que mais adquiriu os serviços brasileiros foi o americano, que absorveu 45% das exportações brasileiras. Em sequência, ficaram União Européia (26,8%), América Latina exceto Mercosul (9,9%), Mercosul (1,8%) e demais (9,9%).
Os principais estados brasileiros exportadores de serviços foram São Paulo (52,1%), Rio de Janeiro (30,6%), Minas Gerais (2,6%), Paraná (2,5%), Distrito Federal (2%), Rio Grande do Sul (1.9%), Espírito Santo (1,8%) e demais (6,5%). Já com relação à quantidade de empresas exportadoras de serviços por porte, 16.604 (54,4%) são micro; 7.097 (23,3%), pequenas; 2.956 (9,7%), médias; e 3.842 (12,6%), grandes.
De acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), dentre os principais setores exportadores de serviços se destacaram: comércio por atacado, exceto veículos automotores, com US$ 2,449 bilhões (2,8%); serviços financeiros, US$1,386 bilhão (7,2%); fabricação de produtos alimentícios, US$ 1,080 bilhão (5,6%); fabricação de máquinas e equipamentos, US$ 866 milhões (4,5%); serviços financeiros auxiliares, US$ 798 milhões (4,2%); serviços de tecnologia da informação, US$ 792 milhões (4,1%); serviços de escritório e apoio administrativo, US$ 748 milhões (3,9%); consultoria em gestão empresarial, US$ 740 milhões (3,9%); serviços culturais e ambientais, US$ 730 milhões (3,8%); e telecomunicações, US$ 724 milhões (3,8%).
Importações de serviços
As importações de serviços no ano passado foram de US$ 44,1 bilhões, registrando queda de 0,7% em relação a 2008 (US$ 44,4 bilhões). O déficit da balança de serviços (exportação menos importação) fechou 2009 em US$ 17,8 bilhões. O Brasil ocupa o 20° lugar na lista dos principais países importadores de serviços, com 1,4% do total mundial.
Os destinos dos pagamentos das importações brasileiras de serviços foram para União Européia (43%); Estados Unidos (34,9%); América Latina, exceto Mercosul (4,8%); Mecosul (2,9%); e demais (14,5%). Na lista dos estados brasileiros que mais importaram estão: São Paulo (42,8%), Rio de Janeiro (39%), Paraná (4,4%), Minas Gerais (4,1%), Distrito Federal (2,3%), Rio Grande do Sul (1,7%), Amazonas (1,4%) e demais (4,6%).
Pela CNAE, os principais setores importadores de serviços brasileiros em 2009 foram: fabricação de coque e derivados do petróleo (US$ 5,515 bilhões / 23,5%); transporte aéreo (US$ 1,497 bilhão / 6,4%); comércio por atacado, exceto veículos automotores (US$ 1,486 bilhão / 6,3%); serviços financeiros (US$ 1,439 bilhão / 6,1%); fabricação de produtos alimentícios (US$ 1,411 bilhão / 6%); fabricação de veículos automotores (US$ 1,072 bilhão / 4,6%); rádio e televisão (US$ 1,055 bilhão / 4,5%); telecomunicações (US$ 1,007 bilhão / 4,3%); agências de viagens, operadoras turísticas e serviços de reserva (US$ 911 milhões / 3,9%); e serviços de tecnologia da informação (US$ 803 milhões / 3,4%).
Na classificação por porte das empresas importadoras, as micro aparecem em primeiro lugar, com 6.920 (31,6%), seguidas pelas pequenas, com 5.357 (24,5%), médias, com 4.351 (19,9%) e grandes empresas, com 5.246 (24%).
Fonte: MDIC
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