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19/08/2010
Demanda chinesa e estiagem na Rússia podem aumentar exportações brasileiras de soja
 
A força da agricultura nacional já levou o Brasil a atender 23% da demanda internacional de soja e a expectativa do governo brasileiro é ampliar essa participação. O produto agrícola é o mais comercializado no mundo, com vendas acumulando, anualmente, US$ 78 bilhões. "E é mais que provável que possamos aumentar ainda mais a nossa participação no mercado", disse hoje, 19 de agosto, o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto. A avaliação foi feita a participantes do Fórum Internacional de Produtores de Soja & Cia (Soybean Forum), realizado em Salvador (BA).
 
De acordo com o secretário, alguns fatores devem puxar as exportações do grão. A crescente demanda de alimentos em nações em desenvolvimento, como a China, e os problemas climáticos na Rússia, que recentemente suspendeu as vendas internacionais de grãos por conta da estiagem, são oportunidades para o Brasil. "Experiências anteriores nos mostraram que medidas desse tipo desestimulam a produção local e aumentam a necessidade de importação", comentou Célio Porto, na abertura do Soybean Forum, representando o ministro Wagner Rossi.
 
Ele considera que a aceleração contínua no preço das commodities nos últimos 10 anos e os fatores estruturais, que permaneceram após a crise mundial de 2008, devem resultar em novo recorde nas exportações do agronegócio. "Influenciado pelo fator preço, o Brasil deve ultrapassar, em 2010, os US$ 71,8 bilhões registrados há dois anos", prevê Porto. Como forma de impulsionar a elevação de produtos agrícolas, em especial dos grãos, o secretário destaca a região que engloba os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, popularmente conhecida como Mapito, que vem despertando a expectativa de mercados compradores.
 
O complexo soja engloba farelo, óleo e o grão in natura e hoje é exportado para 46 mercados. Nos dois maiores importadores de soja, China e União Europeia, o Brasil participa com 32% e 62% respectivamente e se consolida como o segundo no ranking de produção e exportação.

Fonte: MAPA
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