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08/12/2010
Anefac diz que aumento do compulsório bancário inibe aumento da Selic
 
( Agência Brasil ) Os instrumentos de regulação para aperfeiçoar a estabilidade financeira e manter o desenvolvimento sustentado do mercado de crédito vão permitir que a taxa básica de juros (Selic) permaneça no patamar de 10,75% ao ano.

O presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Andrew Frank Storfer, acha que no cômputo geral, o aumento do Fator de Ponderação de Risco (FPR) nos créditos a pessoas físicas e a majoração do compulsório bancário sobre depósitos favorecem o combate à inflação e ampliam as alternativas de encaminhamento da política monetária. Ressaltou, porém, a necessidade de melhor esclarecimento sobre os procedimentos para cálculo da parcela de Patrimônio de Referência Exigido (PRE).

De acordo com o economista Miguel Ribeiro de Oliveira, também da Anefac, a Circular 3515, do Banco Central, tem posição ambígua em relação à entrada em vigor do FPR . O Artigo 1° fala  que a majoração de 100% para 150% do fator de risco deve ser aplicada a partir de hoje, enquanto o Artigo 2° diz que “esta circular entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1° de julho de 2011”.

O diretor executivo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio), Antonio Carlos Borges, tem entendimento diferenciado. Segundo ele, a elevação do compulsório bancário, aliada a um possível aumento da Selic, impedirá a continuidade do ciclo de crescimento da economia. Além disso, defende que o governo assuma posição mais restritiva, cortando os próprios gastos.


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