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05/07/2011
Cresce número de investidores que apostam em empresas iniciantes
 
Os chamados "investidores anjos" desembolsam de R$ 50 mil a R$ 200 mil por projeto. Nos Estados Unidos, os anjos foram decisivos para o sucesso do Google e do Facebook.

(Jornal da Globo) Está surgindo também no Brasil a figura do investidor que tem grana, mas prefere apostá-la numa boa ideia. Essa figura disposta a se arriscar ganhou o nome de investidor anjo.

Ideias todo mundo tem. O que move um grupo é a determinação em ganhar dinheiro com elas. Com o programa de computador criado pelo empreendedor Daniel Uchôa, empresas que divulgam vídeos pela internet conseguem saber o e-mail e a idade de quem assistiu, e que trechos do vídeo foram mais vistos.

"Consegue mostrar para as empresas quem é seu público e quem deve ser trabalhado pela sua equipe de vendas", fala o empreendedor Daniel Uchôa.

Outra novidade são membranas biodegradáveis que aceleram a regeneração dos ossos. O produto promete reduzir o tempo de fixação de um implante dentário de seis meses para duas semanas. "O paciente tem um resultado muito melhor, com melhor qualidade de vida pra ele", explica o empreendedor Israel Cabrera.

Para deslancharem, essas empresas precisam de investimentos que variam de R$ 200 mil a R$ 2 milhões. Em um encontro na Bolsa de São Paulo, elas tentam convencer investidores a bancar os negócios, que oferecem risco maior, mas também grandes oportunidades de ganhos.

Os alvos são os "investidores anjos", profissionais de diferentes áreas que apostam em empresas que estão começando.

Cada anjo desembolsa de R$ 50 mil a R$ 200 mil por projeto, que pode ter a participação de outros investidores. Além de dar dinheiro, eles orientam os empreendedores, indicam clientes, fornecedores e parceiros para garantir que a boa ideia prospere.

"Sem dúvida, nós avaliamos isso no empreendedor, quanto ele está aberto a receber opiniões, criticas, ouvi-las, avaliá-las para que, no final, ele possa utilizar isso como um grande elemento para o sucesso dele", afirma o diretor executivo da SP Anjos, Cássio Spina.

Nos Estados Unidos, os anjos foram decisivos para o sucesso do Google e do Facebook, por exemplo.

No Brasil, não há números sobre esse tipo de associação, mas a química entre anjos e empreendedores está crescendo.

Daniel pensa grande: quer que em breve a empresa tenha ações negociadas na bolsa. Já conseguiu dois anjos, mas ainda precisa de outros para o negócio levantar voo. "Sempre pensar grande para alcançar grandes objetivos".
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