As empresas brasileiras foram responsáveis pela maioria das transações de aquisições feitas no primeiro semestre de 2011, com 30 negócios e movimentação de R$ 31,1 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Em segundo lugar, ficaram as aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras, cujo volume gerado somou R$ 19 bilhões, sendo 21 negócios.
Nesta categoria, quem se destacou foram as organizações de origem europeia, com a maior fatia de 67%. De janeiro a junho de 2011, esses grupos fecharam dez negócios no valor total de R$ 12,7 bilhões. As empresas europeias mantiveram “a tendência de significativa participação observada desde o início da série, em 2006”, afirmou a Anbima por meio de comunicado. Enquanto isso, as organizações norte-americanas (EUA e Canadá) representaram 16,1% do volume das aquisições (R$ 3,1 bilhões) no período de referência, também com dez operações.
Os anúncios de fusões, aquisições e reestruturações societárias totalizaram R$ 75,3 bilhões na primeira metade deste ano, montante 17,8% inferior aos R$ 91,7 bilhões obtidos em igual intervalo de 2010, informou a Anbima. No primeiro semestre, foram registradas 73 operações, duas a menos que no primeiro semestre do ano passado. Apesar disso, foi o segundo maior resultado da série observada desde 2006.
O número de negócios fechados teve expansão de 8,9%, com 47 operações realizadas. O volume movimentado também cresceu, passando de R$ 48,1 bilhões em 2010 para R$ 52,4 bilhões no primeiro semestre deste ano. O destaque do primeiro semestre de 2011 foi o segmento de TI/Telecom, que respondeu por 45,3% do volume das operações do ano, com movimentações da ordem dos R$ 34,1 bilhões e nove negócios. Este resultado foi garantido pelo maior número de transações no período e pela reestruturação societária das empresas controladas pela Telemar Participações, com cifra de R$ 20,8 bilhões. Somada a ela, a incorporação da Vivo pela Telesp por R$ 11,3 bilhões e a aquisição de participação na Pride Internacional pela Ensco, no valor de R$ 5,5 bilhões, integram a lista das dez maiores operações anunciadas no primeiro semestre deste ano.
Ainda, de acordo com o boletim, foi obtida queda no volume de negócios com valores superiores a R$ 1 bilhão. A fatia de representação dessas operações reduziu para 30% do volume total no primeiro semestre de 2011 contra os 20% vistos 12 meses antes. Do outro lado, cresceu a participação das transações inferiores à R$ 1 bilhão. Segundo a Anbima, das 73 operações anunciadas até junho de 2011, 58 tiveram cifra menor que R$ 1 bilhão. Destas, 51 apresentaram volume inferior a R$ 500 mil.