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26/12/2011
Pequenas empresas se unem para enfrentar concorrência
 
Centrais de negócios ajudam empreendimentos a se manter no mercado

(Agencia SEBRAE – Brasília) - A concorrência acirrada e a chegada de atacadistas à região de Campina Grande (PB) fizeram com que 15 proprietários de micro e pequenas empresas da cidade e de dez municípios vizinhos se unissem para comprar produtos há sete anos. A União Paraibana de Supermercados (Rede Compre Mais), espécie de Central de Negócios, no início, pretendia ajudar empresários a negociar descontos com fornecedores. Hoje são 19 associadas e as atividades em conjunto se expandiram: os supermercados também fazem campanhas publicitárias e realizam promoções de vendas.

Central de Negócios (metodologia desenvolvida pelo Sebrae há dez anos) é a união de micro e pequenas empresas de um mesmo segmento para comprar, vender ou promover campanhas de marketing em conjunto e aumentar a competitividade. Mesmo atuando de forma independente, as empresas podem se juntar para comprar matéria-prima e obter abatimentos junto aos fornecedores. Podem se unir também para conquistar mercado consumidor ou para fazer campanhas publicitárias em comum.

No caso dos supermercados de Campina Grande, a união fez com que os empresários passassem a utilizar o "Compre Mais" à frente do nome de cada supermercado. A junção de parte das atividades garantiu melhora nos negócios. Antes, somando o quadro de pessoal de todos os estabelecimentos, o número de funcionários não passava de 300. Atualmente, são mais de 650 pessoas empregadas nas 19 empresas. Em todas as lojas, segundo o presidente do grupo, Petrônio Balbino da Silva, houve crescimento do faturamento e melhoria das unidades, com informatização das lojas. “Todas as empresas cresceram muito. Se estivéssemos atuando individualmente seria difícil competir. A gente consegue negociar com fornecedores e garantir lucros maiores”, conta Petrônio.

Em Minas

Para garantir a qualidade do morango vendido e extinguir a negociação via atravessadores, 27 produtores do sul de Minas Gerais se uniram para criar a Associação de Pequenos Produtores de Garcias, bairro do município de Bom Repouso (MG). Com espaço equipado com câmaras refrigeradas e equipamentos para fazer o controle do nível de agrotóxicos, os produtores conseguiram se manter no mercado e ter lucros, ao invés de vender a fruta a preços abaixo dos valores de mercado para atravessadores.

Como o morango é perecível - dura até dois dias sem refrigeração -, antes não havia muita opção para os moradores de Garcias a não ser comercializar com intermediários. Agora, os próprios produtores embalam, refrigeram e vendem o produto para cidades de Minas Gerais e São Paulo. Por dia, são mais de 900 mil caixas de morango. “Sozinhos, estaríamos falidos. A marca é mais forte, o produto, melhor, e a logística de distribuição, bem mais eficiente”, afirma o presidente da Associação, Anilton Rodrigues da Silva. Além da comercialização conjunta, os produtores compram insumos, o que lhes garante descontos na negociação. Mariana Flores
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