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11/07/2012
O Programa Estratégico de Softwares e TI adotará a certificação de produtos desenvolvidos no Brasil como exigência para dar margem de preferência nas compras públicas
 
Além do uso de compras públicas (já previsto em lei), certificação e mercado interno, Almeida crê que o país poderá ser atrativo ao se especializar no fornecimento de tecnologias de informática para atividades econômicas em que se destaca como óleo e gás (exploração na camada pré-sal, especialmente), mineração e agronegócio. Ele também acredita que o país poderá ser plataforma de produção para o mercado latino-americano e lusófono.

A iniciativa do MCTI é bem acolhida pelas empresas do setor, conforme informa Ruben Arnoldo Delgado, presidente da Associação para a Promoção da Excelência do Software brasileiro (Softex). “O governo está fazendo o seu papel” elogiou antes de assinalar, no entanto, que o programa a ser lançado em agosto é esperado desde abril. “É preciso agir mais rápido”.

Delgado salienta que a elaboração de política de incentivo do setor deve ser abrangente porque já há vários segmentos especializados. Ele defende que mais empresas internacionais entrem no país, “precisamos ter o DNA globalizado”, mas se preocupa com a concorrência e a disputada pelo mercado interno e pela mão de obra escassa. A carência de recursos humanos especializados é problema que preocupa tanto o governo como as empresas.

Conforme o presidente da Softex, falta mão de obra com formação em escola técnica, para trabalhar na base dos processos produtivos. A falta desse tipo de força de trabalho faz com que programadores se empreguem como técnicos (que tem remuneração menor) e deixe descobertas as suas atividades. Ruben Arnoldo Delgado elogiou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) como meio para qualificar o pessoal que falta na área de TI.

A Softex apresentou hoje na sede do MCTI em Brasília a segunda edição da pesquisa Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva na qual estima que haja 73 mil empresas no Brasil (96% firmas com menos de 20 empregados), com mais de 660 mil empregados, e apresentando um crescimento de 8,2% ao ano, acima, por exemplo, dos índices da indústria nacional.

O ministro Marco Antonio Raupp (MCTI) elogiou a pesquisa e disse que os dados serão úteis para o Programa Estratégico de Softwares e TI. Para Raupp a perspectiva do governo é “trabalhar ombro a ombro” com as empresas para que o setor possa crescer.

Fonte: Agência Brasil
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