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22/08/2012
Lei de Acesso à Informação completa três meses com 90% dos pedidos respondidos
 
(Fonte: Portal do Planalto e CGU) A Lei de Acesso à Informação, criada há três meses, já possibilitou o encaminhamento de mais de 25 mil pedidos de esclarecimento a órgãos e entidades do governo federal. Dados do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC), criado pela Controladoria-Geral da União (CGU) para acompanhar os pedidos de forma centralizada, mostram que os órgãos estão levando, em média, apenas 10 dias para apresentar as respostas. Até agora, mais de 22 mil pedidos já foram respondidos, o que representa 90% das solicitações.

“Os números mostram que essa é uma lei que pegou. Pelo menos no que se refere ao Poder Executivo Federal, não há nenhuma dúvida de que a população está usando esse direito que já existia na letra da Constituição, mas que não funcionava na prática. É mais um passo importante que o nosso país dá na sua consolidação como uma das grandes nações democráticas”, comentou o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage.

Entre os pedidos já respondidos, 1.980 (8,78%) tiveram a resposta negada, por motivos como a informação pedida tratar de dados pessoais, documento sigiloso, pedido que exige tratamento de dados, pedido genérico, pedido incompreensível, e 1.613 (7,15%) não puderam ser atendidos, por não tratarem de matéria da competência legal do órgão demandado (831) ou pelo fato de a informação não existir (782).

A Superintendência de Seguros Privados continua na liderança como o órgão que recebeu o maior número de solicitações de informação, 2.778 (11,8%), seguido pelo INSS, 1.788 (7,13%); pelo Banco Central, 1.067 (4,26%); pela Caixa Econômica Federal, 895 (3,57%); e pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), 881 (3,51%). Veja, abaixo, a relação dos dez órgãos públicos mais demandados.

Entre os requerentes que informaram o grau de escolaridade – não é obrigatório –, 8.741 tinham curso superior; 3.749, ensino médio; e 518, ensino fundamental. Quanto à profissão, outro item de informação não obrigatória, a maior parte dos que a informaram – 2.730 pessoas – é formada por empregados do setor privado. Os jornalistas foram responsáveis por 1.005 pedidos.

Recursos - De acordo com o e-SIC, foram apresentados, até o momento, apenas 1.533 recursos à 1ª instância – dirigidos à autoridade hierarquicamente superior à que negou o pedido –, dos quais 1.308 já foram respondidos; 417 recursos à 2ª instância – dirigidos ao ministro da área demandada contra decisões dos recursos à 1ª instância –, dos quais 338 já foram respondidos; e 121 recursos à 3ª instância – dirigidos à CGU contra decisões da 2ª instância –, dos quais 13 já foram julgados e os demais estão em análise, todos dentro do prazo legal.

Entre os motivos dos recursos, os mais comuns foram: informação incompleta (748), informação recebida não corresponde à solicitada (418), justificativa para o sigilo insatisfatória ou não informada (231), ausência de justificativa legal para classificação da informação como sigilosa (88), e resposta não foi dada no prazo (63).

Desde o último dia 16 de maio, qualquer pessoa pode ter acesso a documentos e informações produzidas ou custodiadas por órgãos públicos, em todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e níveis de governo (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), desde que não estejam classificadas como sigilosas.

Pela Lei, os dados solicitados devem ser fornecidos no prazo de vinte dias, prorrogáveis por mais dez. O requerente não precisa justificar o pedido, que pode ser feito pela Internet (http://www.acessoainformacao.gov.br/) ou pessoalmente, no Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) do respectivo órgão.
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