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22/11/2012
Brasil enviará mil bolsistas para estudar em instituições de ensino superior da China em 2013
 
(Portal Planalto) O Brasil vai enviar, em 2013, mil bolsistas para estudar em instituições de ensino superior da China. De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o primeiro edital, que irá disponibilizar essas mil vagas em cursos de pós-graduação, já está em fase de finalização. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (21), durante o seminário Diálogo Brasil-China sobre Educação, realizado pelo órgão em São Paulo e que contou com a presença do ministro Aloízio Mercadante.

O edital é parte de um acordo – assinado pelo país em junho com o governo chinês – que prevê a ida de até cinco mil estudantes brasileiros à China. O convênio está inserido no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras. Os detalhes da parceria foram discutidos com representantes do China Scholarship Council, instituição análoga à Capes, ligada ao Ministério da Educação chinês. Segundo o presidente da Capes, Jorge Guimarães, existe também a possibilidade de o Brasil receber estudantes chineses.

“O Ministério da Educação vai se empenhar muito para colocar a parceria educacional com a China no tamanho das relações comerciais e econômicas que já mantemos”, afirmou o ministro Mercadante, no primeiro dia do seminário, que reuniu cerca de 400 pessoas no auditório do Memorial da América Latina na manhã desta quarta-feira. O cônsul-geral da China em São Paulo, Sun Rogmao, reiterou que a parceria acadêmica fortalece o relacionamento entre os dois países, que tem elevado nível estratégico.

Já o ministro de Educação da China, Yuan Guiren, ressaltou – por meio de mensagem lida pela secretária-executiva do China Scholarship Council – que os dois países têm muitos setores de interesse comum e um grande potencial para cooperação. Reconhecida pela excelência de suas instituições de ensino superior e alto nível de desenvolvimento tecnológico, a China mantém cooperação antiga com o Brasil.

As relações entre os dois países são amparadas pelo Acordo de Cooperação Cultural e Educacional, assinado em 1° de novembro de 1985, bem como pela Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), estabelecida em 24 de maio de 2004, além do acordo assinado em junho passado.

Mercadante acrescentou que a educação é a principal ponte de diplomacia entre dois povos, frisando a importância de se consolidar uma parceria já histórica entre os dois países. "É fundamental o intercâmbio acadêmico e cultural de estudantes, tanto os daqui como os vindos de lá, de maneira tão estratégica como nas parcerias que já mantemos com os chineses no ramo da nanotecnologia, na agricultura, na inovação", disse.

Programação

Nesta quarta-feira, os integrantes do seminário participaram de painéis de discussão sobre temas como a educação na China e no Brasil, reforma da educação superior chinesa e o exame de ingresso às universidades, além do desafio do ensino de línguas e a educação superior e tecnológica nos dois países.

Na quinta-feira (22), quase 200 representantes de mais de 40 universidades chinesas receberão visitantes para apresentar seus cursos e programas de graduação e pós-graduação. O objetivo é atrair estudantes universitários brasileiros para as melhores universidades da China.

A Capes e o China Scholarship Council também promovem uma feira de apresentação de 60 universidades chinesas. O evento é gratuito e acontece no Memorial da América Latina entre 9h e 18h.
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