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26/04/2013
Vencimentos de LTN colaboram com resultado positivo de março
 
(Ministério da Fazenda de 25.04.2013) Relatório Mensal da Dívida Pública aponta queda de aproximadamente R$ 11 bilhões, passando para R$ 1,940 trilhão
 
A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) anunciou nesta quinta-feira (25) que a Dívida Pública Federal (DPF) apresentou queda de 0,57% em março no comparativo com o mês anterior, atingindo R$ 1,940 trilhão. As emissões somaram R$ 33,12 bilhões, enquanto os resgates foram da ordem de R$ 61,30 bilhões. Os dados foram divulgados no Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, disponível no site da STN.
 
O resgate líquido total foi de R$28,99 bilhões, sendo R$ 28,18 bilhões referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Mobiliária Federal (DPMFi) e R$ 0,80 bilhão ao resgate líquido da Dívida Pública Federal Externa (DPFe).
 
O resultado positivo se deu pela correção de juros no estoque da DPF, que incluí tanto dívida interna quanto externa, no valor de R$ 17,929 bilhões e pelo resgate líquido total de aproximadamente R$ 29 bilhões. “A diferença entre esses dois valores resulta na queda de cerca de R$ 11 bilhões no somatório total da dívida, que é o que tivemos”, explicou o coordenador de operações da dívida pública, José Franco de Morais, durante apresentação do relatório a jornalistas.
 
A maior parte de papéis comercializados foi daqueles com remuneração prefixada, seguidos por aqueles indexados por índice de preços e depois por aqueles remunerados a taxas flutuantes, sendo destes a maior parte de LFT. “Tivemos um alto volume de regate de LFT em março: R$ 56,71 bilhões. É o maior de toda a série histórica”, destacou Franco.
 
Nos leilões realizados durante este mês, os títulos LTN foram os responsáveis pelo maior número de emissões, somando R$ 17,14 bilhões. Em um leilão realizado hoje, esse indicador se repetiu: foram vendidos 5,5 milhões de títulos prefixados de LTN com vencimento em janeiro de 2017, um dos maiores volumes de LTN longa. De acordo com o coordenador, o motivo da alta demanda é a maior confiança em relação à política monetária brasileira. “Há uma certeza maior em relação ao ciclo de contração monetária, uma clareza maior do cenário monetário”, ressaltou.
 
Passando de 11,78% para 11,42% ao ano, o custo médio do estoque da dívida resultou em mais um recorde no mês: este é o menor patamar desde outubro de 2009.
 
Composição da Dívida
 
A parcela de títulos prefixados fechou em 38,74%, enquanto os limites estabelecidos pelo Plano Anual de Financiamento (PAF) estão entre 41% e 45%. Já a participação dos papéis indexados por índice de preço foi de R$ 36,2%, dentro da banda do PAF, que é de 34% a 37%. Os títulos remunerados por taxa flutuante tiveram sua participação reduzida a 20,6%, acima do indicado pelo plano - entre 14% e 19%.
 
"Ao longo do ano, a composição de prefixados vai aumentar e a de títulos remunerados de acordo com taxa flutuante vai diminuir", ponderou Franco, que continuou dizendo que o objetivo do Tesouro “é chegar ao final do ano dentro dos limites estabelecidos pelo PAF”.
 
A participação de não residentes na DPMFI subiu de 14,3% em fevereiro para 14,76% em março. Houve ainda uma queda na participação de fundos de investimentos: 23,9% em março contra 25,14% no mês anterior.
 
Tesouro Direito
 
Em março, 3.765 novos investidores se cadastraram no programa do Tesouro Direito, o que corresponde à uma elevação de 1,1% em relação ao mês anterior. O resgate líquido em decorrência dos vencimentos de LFT foi da ordem de R$ 21,33 milhões. “Esse resultado é natural porque o Tesouro Direito tem como característica principal o vencimento, o investidor tem que decidir o que fazer depois do prazo estabelecido pelo programa”, avaliou José Franco. Fonte: Assessoria de Comunicação Social – GMF
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