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01/11/2013 | |
Novos produtos sofisticam Minha Casa Melhor | |
(Portal Brasil) As mudanças no programa Minha Casa Melhor, determinadas em 16 de outubro, foram avaliadas positivamente pelo professor de economia da Universidade de Brasília, Roberto Piscitelli. Para ele, a inclusão de novos itens na cesta de produtos – como tablets, micro-ondas, móveis para cozinha e estante – vai permitir que o consumidor tenha possibilidade de acesso a produtos além dos itens básicos de uma casa. “É justo que estas pessoas aspirem por melhores condições de vida. Isso passa por acesso a produtos e serviços. A inclusão de tablets e micro-ondas, por exemplo, é um claro sinal de que agora os beneficiários desejam ter produtos mais sofisticados e duráveis em suas casas”, disse ele, lembrando que a compra de itens básicos para o lar, como geladeira e fogão, já ocorreu numa primeira fase. Além da ampliação do número de produtos que podem ser adquiridos pelo programa, o economista ressalta, como ponto positivo, a manutenção do valor máximo de R$ 5 mil destinado aos beneficiários. “A estratégia de aumentar os valores de produtos que já estavam na lista, mas em contrapartida manter o teto de R$ 5 mil, é muito boa. O indivíduo poderá comprar bens melhores, mas deve se controlar para não gastar o limite de uma vez. Isso é uma forma de educação financeira”, lembrou. Ao avaliar os cinco primeiros meses do Minha Casa Melhor, o economista acredita que o programa possa ter incentivado maior competição entre os comerciantes. De acordo com ele, com itens mais duráveis e de maior qualidade na cesta de produtos, é natural que os lojistas queiram ganhar os clientes com preços mais atrativos. “É possível que isto aconteça. Com a entrada de grandes redes varejistas no programa, a disputa por esses novos consumidores ficou mais acirrada”. Para a economia, Piscitelli destaca que o programa vem permitindo incentivo à produção industrial. “É um ciclo virtuoso. Há uma maior demanda pelos bens e isso faz com que a indústria produza mais”. Sobre o risco de inadimplência pelos beneficiários, a expectativa do economista é de que será muito reduzido. Ele lembra que o aumento da renda e do emprego formal configuram um cenário positivo que afasta a inadimplência. Segundo ele, órgãos como a Confederação Nacional do Comércio e Serasa realizam pesquisas constantes que têm apontado que não há crise de calote no Brasil. “O parcelamento em quatro anos é muito vantajoso. As parcelas ficam com um valor muito baixo. A renda voltou a crescer nos últimos dois meses. Outro atrativo são os juros. A taxa de 5% ao ano é altamente subsidiada, isso favorece a procura pelo cartão”, argumentou. |